O Presidente da República, Daniel Chapo, dirigiu, hoje (13), em Maputo, abertura da Conferência Nacional sobre o Combate à Corrupção, num evento bastante concorrido (com a duração de dois dias) que contou com a presença de titulares dos órgãos de soberania, personalidades dos órgãos da Administração da Justiça, entre outros convidados.

Na intervenção de ocasião, Daniel Chapo advogou que a corrupção é um fenómeno que destrói a confiança dos cidadãos nas instituições, mina o tecido social, desvia recursos que deveriam servir o povo, enfraquece a economia, compromete o desenvolvimento e amplia as desigualdades sociais, facto que fragiliza a credibilidade das políticas públicas e coloca em causa a soberania do Estado moçambicano.

“Por essas razões, a prevenção e o combate à corrupção constituem prioridade absoluta do nosso Governo, devendo ser assumidos como uma causa nacional, através de acções concretas que permitam compreender melhor o fenómeno” destacou o Estadista Moçambicano.

Na mesma senda, Chapo destacou que a iniciativa representa a reafirmação da determinação do Governo mocambicano “diante de todos os segmentos sociais, a nível nacional e internacional, de prevenir e combater a corrupção e de consolidar a boa governação rumo a construção de um Moçambique íntegro, probo e livre da corrupção”.

Outrossim, traduz o compromisso do Estado moçambicano na busca de soluções concertadas para a consolidação do nosso Estado de Direito Democrático, uma das quais é o fortalecimento da prevenção e luta contra a corrupção.

Por sua vez, o Procurador-Geral da República, Américo Letela, desafiou a todos os segmentos sociais a se compenetrarem com a oportunidade ímpar que o Ministério Público junta-se a todas as forças vivas da sociedade, para aprofundar conhecimentos sobre as realidades subjacentes ao fenómeno da corrupção e aprimorar os mecanismos da sua prevenção e combate.

Na qualidade de anfitrião da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique disse que a corrupção continua a ser um dos maiores desafios ao desenvolvimento, tomando em linha de conta que fragiliza a confiança nas instituições, desvia recursos que pertencem ao povo e mina a coesão social.

É, por isso, com toda a determinação, que a Cidade de Maputo reafirma o seu compromisso firme e inabalável na prevenção e combate a este fenómeno que corrói o nosso tecido social e económico, através do fortalecimento dos mecanismos de transparência, da prestação de contas e da ética no serviço público.

O representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), António De Vivo, disse que a Conferência Nacional de Combate à Corrupção marca o compromisso do governo com o combate à corrupção elemento fundamental para o desenvolvimento do país.

Disse ainda De Vivo, que a corrupção rouba as pessoas a esperança, confiança e integridade, por isso todos temos que arregaçar as mangas e acelerar a acção de combate á corrupção.